segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Capítulo 01: È apenas sexo

No elevador, a loira fica a olhar o relógio em seu pulso, a morena está encostada na parede do elevador, com os olhos fechados, enquanto cantarolava uma música de amor. Era sempre assim, todas as vezes que ela tinha que fazer seu “trabalho” sujo, antes ela cantava essa mesma música.
- Uma canção de amor/É pouco pra dizer/O quanto eu sou feliz/Por ser parte de você/Essa canção de amor/Foi feita pra você- sibilava ela com os olhos fechados, a mulher a seu lado bufou com irritação. No entanto Iris não se importou, continuou cantando sua canção guerreira.
- A força desse amor/Dá sentido ao meu viver/Dentro do meu coração/Não há mais espaço pra solidão- continuou a cantarola, como se o amor fizesse parte dela, como se ela já houvesse sentido esse sentimento. O que de certa forma foi verdade, mas o destino se encarregou de mostrar seu engano, tal mentira a levou a esse mundo sujo.
- Depois que você chegou... - a morena foi interrompida, pela voz irritante, da recepcionista.
-Chegamos senhorita. - falou ela com um profundo sarcasmo em seu tom de voz. Ambas saíram do elevador e caminhou até a porta de número “305”, a loira bateu na porta levemente.
-È a Lidia!-disse a loira, com uma voz macia. Iris virou os olhos em puro tédio. Podiam-se ouvir os passos indo até a porta. A porta abre, e de lá emergi o homem de seus 30 anos de idade, alto cabelos loiros e lisos, curto, olhos castanhos, de sorriso arrasador, de uma pele bronzeada, de bíceps e tórax trabalhados, estava usando um pulôver azul, dando assim destaque aos músculos dos braços e peito, com uma calça jeans azul escura, que caia bem em suas pernas grossas, com seu sapato social preto, a recepcionista ficou admirando o homem em sua frente, Iris já conhecia o tipo desse homem, então tremeu um pouco.Os olhos castanhos fitaram Iris, os olhos castanhos estavam em chamas de desejo, a moça dos orbes azuis se aproxima do homem, ela vinha com um sorriso faceiro.
-Bem, obrigada Lidia por trazê-la até aqui!-disse o loiro, Lidia entendeu que o homem desejava que ela se retirasse, assim retirando-se. O loiro abriu passagem para que Iris entrasse no aposento, enquanto ela passava pela porta os olhos castanhos dele admirava-a com desejo em evidencia. Quando ela finalmente entrou no quarto, ele fechou a porta, indo até ela, que até aquele momento observava o local, a grande cama, algumas portas, uns tapetes de linho persa, não que ela soubesse diferenciar, para ela era só um tapete bonito, os quadros, e tudo mais. Ele aproveitando a distração dela, a enlaçou por trás fazendo com que o corpo dela se aproximasse do dele. Iris suspirou, nisso as mãos másculas do loiro passeavam pela sua cintura acariciando-a, conforme Iris estava tentando relaxar o corpo, a mão ágil do loiro subiam para o busto da morena apertando os seios de leve, fazendo-a gemer baixo, deixando-o mais excitado, então ela se desvencilha dos braços do homem dos orbes castanhos, que a olha com os olhos confusos. Iris fitava o chão como se estivesse tímida, e fosse sua primeira vez, suas mãos balançavam devagar, com um olhar inocente ela fitou o homem.
-Senhor eu não sou experiente nessas coisas e... - foi dizendo ela com voz fraca, no entanto foi logo cortada pelo timbre masculino.
-Meu nome é Erick, e não se preocupe com isso. -disse ele votando a agarra a morena por trás.
-Eu te ensino!-sussurrou ele no ouvido dela, mordendo o lóbulo da orelha dela, que suspira em desejo, as mãos masculinas de Erick vão subindo por debaixo da blusa negra que ela estava, chegando novamente nos seios fatos da morena, que estava ludibriada com os toques, as mãos apertaram com um pouco mais de força que antes, os mamilos, fazendo-a emitir sons mais intensos de prazer. Bruscamente ele a virou para encarar o belo rosto de Iris. Os lábios masculinos se aproximavam dos lábios da menina-moça, a beijando-a com selvageria, degustando do hálito inocente, dos lábios puritanos, ele sorvia os a boca macia, seus braços envolvendo a cintura dela, deixando os corpos juntos, a mão libidinosa descia e ia de encontro com as suas pernas, agarrando firmemente as coxas, levantando uma das pernas. As mãos delicadas de Iris se encontravam nas madeixas loiras, quando os lábios de Erick a libertam, os dois arfavam em busca de ar, a boca masculina começou a descer uma trilhar de beijos pelo pescoço, ele a empurrava para a cama, deitando-a e ele por cima dela. As mãos de Iris se encontravam agora debaixo do pulôver azul do loiro, ela tateava explorando o corpo do homem, ele tirou as mão dela, pois estava tirando sua camisa preta, retirando-a ele continuou a trilha de beijos indo até os seios, lambendo as partes que o sutiã não cobria, com as mãos nas coxas dela apertando-a cada vez mais, a voz dela estava sem força, só com os sons guturais que ela soltava de prazer. Erick tirou o pulôver e a calça jeans. No quarto com a pouca iluminação, só podia se observar os movimentos dos corpos, as vozes de prazer, o cheiro de sexo e a luxúria impregnada.
A morena estava deitada na cama olhando para o teto, sua respiração rápida, em sua pele estava impregnada o cheiro do sexo, em seu intimo estava melado pelo seu próprio prazer, seu corpo estava mole e extasiado. Porém o que ela fez não passa só de uma transa, Iris se levanta rapidamente, fazendo o loiro a olhar, ela foi procurando a sua blusa e saia. Iris já estava terminando de colocar seus sapatos, quando os braços masculinos a agarram, deixando seus corpos juntos.
-Vai tão cedo?-perguntava Erick beijando a curva do pescoço da menina-moça.
-Preciso ir e são 200 reais.- disse ela com uma voz fria, se desvencilhando dos braços do loiro. O olhar dela estava como duas pedras de gelo.
-Quando podemos repetir?-perguntou Erick indo pegar a carteira em cima da cômoda.
-Não sei!-respondeu rapidamente. Iris não queria envolvimento com nenhum de seus “casos”, para ela isso era só um trabalho, e a morena não pretendia continuar com isso pelo resto da sua vida, iria fazer faculdade, ter um emprego descente, e esquecer tudo dessa vida de rameira. Quanto menos contato com seus clientes melhor seria para ela.
-Pode ser está semana?-perguntou ele estendendo o dinheiro, ela pegou o seu pagamento, e colocou em uma bolsinha de lado que ela levará.
-Essa semana não vai dar.- disse ela sem muitas explicações,
-Vai se encontrar com outros nessa semana?-dirigindo-se a porta.
perguntou com uma voz severa. Erick não gostava que seus “objetos” fossem tocados por outros, mesmo sabendo que ela é uma prostituta. Ele sabia que ela não era como as outras, pois antes desse encontro, o loiro a investigou, soube que ela só transava com poucos, e era por meio de um contato que ela conseguia os clientes de elite que a pagavam bem.
-Não, mas isso não é da sua conta.- falou ela com voz gélida assim como o seu olhar. Ela sentiu as mãos de Erick a segurando.
-Espere, eu quero te dar um pouco mais.- disse ele com a voz macia.
-Não obrigada, esse dinheiro foi pelo meu “trabalho”, não quero receber mais que isso.- disse Iris, não que ela não quisesse o dinheiro, no entanto ela sabia que se ele desse algo mais, significava que ele queria algo mais.
-Que tal repetirmos a dose na próxima segunda-feira?-perguntou ele ainda com a voz macia.
-Pode ser, eu mandarei algum aviso se isso for acontecer.- disse ela com um olhar pensativo. Erick não é ruim, já houve piores na vida dela de rameira, por assim dizer o homem loiro era o mais gentil de todos. Mas ai vinha a questão de envolvimento, e isso ela não queria.
-Por meio de quem?-perguntou ele curioso. A morena ainda estava virada de costa para ele, já abrindo a porta.
-Não importa, você saberá. - disse ela saindo do aposento.

Fim do capítulo 01

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Capítulo 00:Um olhar de escuridão


O anoitecer de uma segunda-feira, o céu estava coberto por nuvens negras, a lua mal conseguia iluminar a noite, o vento uivava forte contra as árvores do parque. O silencio instalado no local, só se escutava os cantos dos grilos, ao longe se escutava passos femininos, em um andar rápido, uma mulher de longos cabelos cacheados e castanhos, de olhos azuis anil, de pele morena, de curvas salientes, seios fartos, pernas torneadas, cílios negros, de estatura baixa, caminhava apressadamente pelas ruas de Recife, com suas roupas insinuantes, uma blusa com um decote em “V” de cor preta colada ao corpo, sua saia de colegial de cor branca, e seu sapato de salto fino preto. Seus olhos azuis fitam o relógio em seu pulso, com um ar de preocupação.
-Estou atrasada!-disse ela apressando ainda mais seus passos. O vento frio fazia seus cabelos castanhos esvoaçassem, seus lábios avermelhados estavam crispados. Seu olhar se prendia nesse momento em um grande e luxuoso hotel, seus olhos seguiam a altura do grande hotel, no topo se encontrava uma enorme letra banhada em ouro era um “W”, a sigla representava o sobrenome da família do empresário, os Wendersons, a mulher de olhos azuis sorriu em ironia, logo desviando sua atenção da grande propriedade, seus olhos fitavam a recepção luxuosa, em passos calmos e com seu andar sensual, ela adentra no local. No instante que a morena passou pela porta giratória, muitos olhares foram cravados nela, os olhares femininos fulminava-a, enquanto os masculinos a fitavam com ansioso desejo, ao perceber os olhares em sua direção a morena ficou constrangida, ela odeia esse tipo de atenção, enquanto ela vasculhava o local em busca de algo, ou melhor, dizendo alguém.
Então ela encontrou um olhar displicente, um olhar cativante, ela fixou seus orbes azuis naquele olhar, uma sensação veio a seu corpo, como uma corrente elétrica, seu corpo parecia agitado e quente. A moça dos cabelos longos e castanhos estava perdida nos orbes negros, uma escuridão a envolvia, mas ela não se importava, ela não percebeu que as trevas dos olhos do rapaz a deixavam desnorteada e desejosa. No entanto enquanto ela se perdia nos orbes do homem, a recepcionista encarregada de levá-la para o quarto, se aproximou.
-Iris.-chamou a mulher de uniforme, sua voz era fria e profissional. Os orbes azuis da morena perdera contato com os ébanos do rapaz, seu olhar foi em direção ao da recepcionista.
-Sim?- ela perguntou educadamente. No entanto seus pensamentos estavam nos orbes do rapaz e da escuridão que ela foi envolvida tão rapidamente.
-O senhor Erick a está esperando, eu vim acompanhá-la.- falou a recepcionista, com o olhar de desdém para a morena. Iris sabia que ela a detestava, sempre a odiou, a morena sabe o quanto a loira de aparência exuberante que era a recepcionista era, ela reconheceria esse olhar, era reprovação, era nojo, horror e principalmente preconceito. Porém ela não poderia dizer nada, já o que ela fazia era nojento e abominável.
-Então vamos.-disse ela andando até o elevado. Iris só a seguiu. Ela não percebeu que os orbes de ébano a seguia com o olhar, e um sorriso matreiro se formará no rosto alvo do rapaz, o qual sussurrou:
-Iris.